Atualmente, as maiores filas para procedimentos eletivos são para: ortopedia (8.170), oftalmologia (3.157), cirurgia geral (1.994) e urologia (1.754)
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) aplicou recursos e estruturou mudanças na regulação de acesso dos pacientes dos hospitais sob gestão do Estado para aumentar a realização das cirurgias eletivas e reduzir a fila.
Além do aumento no número absoluto das eletivas da rede própria estadual, de 2023 para 2024, o governo do Estado aplicou R$ 4,6 bilhões do tesouro nos dois anos, para abranger também as cirurgias de urgência e as cirurgias eletivas da fila dos municípios.
No total, a SES promoveu nos últimos dois anos: a realização de 338 mil cirurgias eletivas; mudou protocolo nos seus hospitais para agilizar o acesso do paciente ao especialista cirurgião e implantou o Sistema Integrado de Saúde de Goiás (Sigo), disponibilizando aos municípios o acesso a um sistema que permite interoperabilidade, com maior transparência e eficiência no cadastro e avaliação dos pacientes inseridos.
Cirurgias eletivas
O CRE registra hoje um total de 20.568 pessoas aguardando por uma cirurgia eletiva no Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiás. Atualmente, as maiores filas para procedimentos eletivos são para: ortopedia (8.170), oftalmologia (3.157), cirurgia geral (1.994) e urologia (1.754).
Os dados são públicos e disponíveis a toda população no link https://indicadores.saude.go.gov.br/public/transparencia_regulacao.html (em quantitativo fila de espera / cirurgias).
Ortopedia
Somente em ortopedia, mais de 12 mil pacientes foram operados em 2024. “Vivemos um desafio em todo país com a verdadeira epidemia do trauma representada pelos acidentes de trânsito. Isso sobrecarrega os hospitais na urgência. Todos os dias entram novas solicitações, o que torna impossível zerar a fila por procedimentos de maneira efetiva”, explica Lorena Mota, superintendente de Regulação e Acesso a Serviços de Saúde da SES.
Além disso, alguns dos procedimentos envolvem questões específicas como as sub-especialidades cirúrgicas de ortopedia com poucos especialistas, a necessidade de próteses especiais que tem que ser adquiridas para centenas de casos e as condições clínicas, como estado geral do paciente (no caso de queda de idosos, por exemplo).
Além disso, em ortopedia, reduz-se o dano na urgência e muitas vezes, o quadro requer um segundo ou terceiro tempo cirúrgico para correção das sequelas originárias do trauma.
Plano de trabalho
A SES-GO está reforçando os quadros do CRE contratando médicos reguladores e prossegue com a implantação das últimas etapas do Sigo para que os municípios também operem com mais eficiência suas filas, acessando outras Centrais de Regulação existentes.
Desde 2023, o Estado de Goiás firmou parcerias com hospitais privados, expandindo o Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas para 40 municípios goianos.
No último ano, foram realizados mutirões para ampliar a realização dos procedimentos e diminuir o tempo de espera. A pasta também tem ampliado os planos de fortalecimento, aumentando o número de unidades que realizam os procedimentos, sejam elas próprias ou contratualizadas.
A SES-GO lançou ainda o Sistema Estadual de Regulação de Cirurgias Eletivas (Regnet), que foi escolhido pelo Ministério da Saúde (MS) como projeto-piloto.
Por meio do Regnet, a pasta unificou as filas de espera municipais, permitindo o registro detalhado de pacientes e a regulação digital em tempo real diretamente nos hospitais.
Foto: Iron Braz/SES-GO

Governo de Goiás destinou R$ 4,6 bilhões do tesouro estadual nos dois últimos anos para cirurgias de urgência e eletivas
Secretaria da Saúde – Governo de Goiás